sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Execução em execução


No espetáculo mórbido e sem lisonjeio
Aonde alguns se divertem
Na espera de verem um pescoço
ser impulsionado para frente até
não querer mais pertencer ao corpo mortificado.

O que fizeram chegar ao extremo do ato
mais podre que um ser humano pode cometer?
Crime contra vida? Não!...
Fora simplesmente o fato dele afirmar
ser um Deus na frente daqueles que
intitulam-se servos de Deus.
"- Ora, se sou filho de Deus, eu sou um Deus também.
Isso foi o que bastou para assinarem
sua sentença ao inferno.
Porcos humanos ignorantes,
De almas puras de escuridão nefasta!

O moribundo perto da sua hora final
Tem um pingo de felicidades a escorrer por sua
face, ao ver uma mulher,
Sua ninfa matrimonial,
A carregar uma criança,
fruto do seu ninho sentimental.

Dali a poucos segundos
Seus ouvidos não mais escutarão
Os gritos, as gargalhadas ébrias,
O rufar dos tambores,
Sua língua não mais sentirá
O sabor do seu suor
Seus pulmões não sentirá mais
O fito de vida externado pelo ar...
Não, isso tudo ele mais terá!

Nenhum comentário: