sábado, 18 de fevereiro de 2012

PEDRO BALA


Nas ladeiras de pedra da velha rua escutavam assobios
É barulho que corta vento trazendo arrepios.
É o Bala, é o Bala!
Pedro Bala é o nome que tem
Não sabe de onde saiu, nem de onde vem
Só se tem idéia do respeito e pretígio que detém.


Há vezes que se faz de saída,
Há vezes que se faz de paixão.
Há vezes que se transforma em saudade,
Deixando-o dentro do seu coração.

Na cachaça destila seu nada
afogando o mundo...
Busca-se o seu eu vestido social
e desnudo aparente
Tentando parecer gente
no meio daquele povo imundo.

Fome e miséria são como melodias
tocadas na sua obra de solidão.
Voa com os pés no chão
Buscando viver em melhores dias...

Seus amigos do trapiche
são indeléveis guerreiros
Que sorrateiros até na tristeza
Sabem ver no entardecer
A beleza do viver.

Nada tendo e muito fazendo
Sonhando, parecendo nada querer...
Esse é Pedro Bala
Que encontrou nos Santos da Baía
Sua força e casa para ser.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Pensando

Ah, como seria se para amar
no amor não houvesse barreiras?
É difícil amar dentro de um padrão que parece fora do amor
Como se sentiria um pintor ao projetar uma tela
e outro simplesmente borrá-la?
Amor com barreiras é prisão.
O amor é livre!
É ave que voa de sol a sol
sem nunca cansar...
Encanta por onde pousa
e ventila por suas asas
a esperança de um amanhã, sem
que tenha que presenciar outras aves
voarem sem voar.