domingo, 14 de dezembro de 2008

Ser tão, Sertão!



Tom: Am
Intro: Am C D E

(Am C D E)
Sou a pedra que Antônio Conselheiro pisou
Sou o sol aqui marcado...
Seu juízo que queimou.

Sou a ave aduaneira viajando esse Sertão
Sou os acordes flamejados que
Brotaram esse baião.

(Am C D E Am)
Sou um guerreiro, viajante, garimpeiro,
Minha busca só termina nos seus lençóis.
Sou seu veleiro, navegando o mundo inteiro

A procura de outros arrebóis


(Am C D E)
Sou as brasas que queimaram esse colchão.
Sou o filho do cangaço e do Sertão
Sou a vida que anda e dorme em pé.
Sou a cria dos guerreiros de Maomé





domingo, 2 de novembro de 2008

Perto de si

Tom: D

Intro: D D/C D/B D/Bb


D D/C D/B

Quando alguém te faz feliz, te faz sorrir,

D/Bb

Te faz sentir...

D D/C

Quando esse alguém não quer te perder,

D/B

Não quer te esquecer

D/Bb D D7

Só quer te querer pra de si.

G A

Voa comigo, me faz de amigo

D A/C# Bm Bm/A

Sou o mais louco dos anjos

G A D D7

Porém sou feito de amor, de amor...

G A

A vida é pequena e o mundo tão grande

D A/C# Bm Bm/A

Vivemos a esperança de algo tão forte.

G A D G A

O amor é caminho vazio de amor.


D D/C D/B D/Bb

Voando baixo pelos campos, pelas flores do jardim

D D/C D/B D/Bb D D7

Evito falar o que as rosas me falam de nós dois...


Poema incidental:

Somos anjos caídos vagando por essa Terra,

Querendo amar, querendo viver, querendo sonhar,

Querendo se aperfeiçoar na arte da dor, na arte do amor.

PS. Essa música foi composta num dia em que sonhei voando sobre jardins.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

O grito da musa

Musa dos cabelos vermelhos
Que encanta os anjos com sua voz
Que faz o ser mais aldoz
Rastejar aos seus pés
Ao escutar sua lança melódica
Perfurando seus ouvidos
Arrancando gritos
Dos interiores brutos...
Seres astutos...
Porém surdos!
Só sabem escutar o de fora
e o de dentro não sabem amar!

A espera

Não lhe procuro
Mas você também não me acha...
Não lhe invoco
Mas meus sonhos são por você...
Não lhe imploro
Pois sei que no tardar da noite
Tu vais aparecer
Límpida, clara
Como uma nascente
Brotando da terra...
Então apareça
Quando puder
Vou estar sempre a lhe esperar...
Pois o seu lugar
Já é aqui ao lado meu!!

PS. Poema da parceira de "loucuras poéticas", Juliana Pinheiro.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

4 ASAS.... 2 DESTINOS


Meu pequeno poeta
De canditos nordestinos
Com alma pequenina
Certa feita me olhou
Tal admiração nunca senti
Que por um tal de um "triz"
Um sentimento deslanchou...

Tal poeta quase homem
Vestiu suas asas de Ícaro
E resolvel então voar
Deparou-se com uma borboleta
Com suas cores violetas
Mas seu vôo não vingou

Borboleta estava triste
resolveu então ajudar
Abriu então suas asas
Com um ar cheio de graça
Sua borboleta protegeu

Ms o mundo então mundano
Recomeçou a girar
A borboleta se perdeu
No escuro do céu e na imensidão

O Ícaro então resolveu
não mais ir no sol para brincar
Resolveu ficar na terra
E brincar com outras flores mais belas
e outra borboleta então achar...

PS. Poema da parceira de "loucuras poéticas", Juliana Pinheiro.

domingo, 19 de outubro de 2008

É INFERNO MESMO!

As nuvens são brancas
Porque nelas não alcançam
Os respingos do sangue aqui derramado.
São surdas, pois os gritos daqui
Produzidos são mudos quando estão lá...

A vida daqui é a vida de lá
Só que trabalhada por mãos fétidas...
Morrer aqui é tentar viver lá.
A desgraça é tida como virtude consumida com desejo!
É vivida por abutres humanos que,
Regurgitam os restos de seus predecessores podres...

Querer sair daqui, é tentar manipular o mal,
Para querer sê-lo!
É tentar ser o que é
Parecendo o que não existe!

Vou parando de escrever, porque não
Tenho mais mãos para escrever...
Meus pensamentos foram implodidos.
Minha alma foi apagada.
Sou um resto do nada...

Borboleta


Me confundo com o azul do céu...
Sou figura de conto de fadas...
Sou mulher muito amada,
Que voa por aí rasgando o seu véu...

Me transmuto no seu meio,
Acalentando-me no seu seio,
Buscando qual meu fim...
A minha crisálida é momento mágico,
Muitas vezes trágico quando no seu jardim.

As flores são minha casa,
Que escolhi para te amar...
Mas, descobri que não me amava,
Triste e mal amada, voei a chorar.


PS. Poema dedicado a uma amiga: Juliana Pinheiro.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O vegetal

Mergulhado na borracheira
Sou ave aduaneira
Rasgando o seu Sol!
Sou espelho de água cristalina
Descendo pela colina,
Lavando o seu lençol.

Sou a porta aberta, dentro de mim...
Que viaja entre o sim e o não.
Sou a essência doce do jasmim
Que perfuma seu jardim
Na hora da oração.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O momento

Era uma vez algo...
Algo que passou
Mas um dia então ficou
No espelho pude ver

Algo que realmente não pensei
No espelho de minha alma
Um olhar de brilho cadente
Pueril como criança
Não posso dizer que é de anil
Pois isto não posso dizer!

Pois no fundo castanhos dos olhos
Um mar de desejo se escondia.
Palavras tornaram-se vias
Que me conduziam para você!

O grande encontro

Um belo dia conheci
Num dia qualquer e sem razão
Quem um dia conheceu
Discípulo de Augusto
Que era nem um pouco robusto
Ou talvez foi dos Anjos
Com sua candura romântica
A mão era de Alceu
Mas só quem notou fui eu...
Creio que foi em Valença
Quando li o tal Cordel
Que meu olhar então "liriou"
E o Fogo se "encandeceu"
E foi aí que proseei
Com tal figura e não errei
Mas meu olhar se dissipou
E o vento afugentou
Então uma lágrima desceu!

PS. Esse poema foi um "filho" composto por Juliana Pinheiro e Ícaro Emanoel via msn.

sábado, 13 de setembro de 2008

HOMENS OU LIXO

A complexibilidade dos atos moribundos
Fazem com que os homens se
Tornem seres imundos
Com os seus profundos sentimentos nostálgicos
Muitas vezes trágicos
Muitas vezes sem rumos...

Homens de dignidades infindas
De natureza tão obscura
Como as brumas das suas vidas...
De repente se vêm como donos uns dos outros...
Outras vezes nem deles mesmos.

Imundice humana traduz
Um sentimento muito complexo
De ser analisado sem uma visão de humanismo,
Pois depende de qual ser humano imundo
Que se está analisando.

A partir do seu nascimento
O homem chora por saber que vai
Sofrer na sua passagem por esse mundo,
De tanta imundice sentimental.

Grita querendo voltar ao leito materno
Pois sabe ele que lá estava protegido
Da Imundice que levará ao seu
Desaparecimento terrestre,
Sem deixar nada para posteridade.

Homem do lixo...
O lixo do Homem...

DEVANEIOS NOTURNOS

As luzes na cidade já se apagaram...
Volto de uma noite que parece não ter fim.
Estou meio tonto por causa da tequila,
Porém me sinto feliz!

Você foi uma droga que apareceu em minha vida...
Busco sempre tentar te esquecer...
Mas algum detalhe que percebo ao meu redor,
Lembra momentos que passei junto com você.

Brinco com as estrelas pensando
Que sou um deus,
Porém quando percebo
Sou apenas um ponto na eternidade.

Passo por perto de um cabaret,
E tento entender qual a felicidade que se
Encontrar na união carnal de dois corpos.

Varro a pracinha dos namorados,
Com minhas moscas de mente,
As quais se confundem com os
Mistérios naturais.

Chego em casa e tento durmir um pouco,
Contudo o que consigo é apenas pensar mais
No dia que vem pela frente e no turbilhão mental
Que entrará mais uma vez em mim.

Morrer ou viver

Fui, vi e venci...
Venci meus medos, minhas angústias
MInhas paixões, meus vícios
Porém não consegui vencer
O maior de todos os medos
O medo de morrer!

Morrer é uma graça
Não é uma desgraça
Como vários mouros acreditam
E sim uma dádiva
Como os poetas recitam

Vi muitos morrerem sem morrer
Se matarem e viver
E crescer morrendo
Fui ficando e crescendo
Sem medo de morrer...

Sei que morto estou vivo
E que vivo estou morto
Por mais que me esforce
Para viver,
Vivo pensando que vou morrer!

Som do desespero

O riff do vômito
Acelera a carne podre que pensa...
Dilacera as veias que forçam
A explosão da melacolia do corpo langüido estridente.
O qual geme da primeira a décima oitava nota de desespero
No sabor de sua mente clarividente!

Escrito

Canetas escrevem...
Pássaros assobiam...
Homens nascem...
Pessoas respiram...

Respiração escreve nascer...
Escrever nascimento do assobio
Nascer assobio do viver...
Viver pássaros dos homens...
Pessoas do desaparecer.

Homem-vivo

A transmutação de uma borboleta
É evento único e inesquecível
A busca do amor é verdadeira...
É fato difícil de inexistir...

Te encontrar foi uma vez...
E te perder será o não existir de uma vida.
Então estou no viver....
Perdido no existir..
Afinal sou vivo ou existo sem viver?

Armado com meus pensamentos translúcidos
Sou um ponto no nada
Voando no tudo.
Sou a borboleta translucidada
A vida esquadrada
Vagando no mundo.

DESABAFO

Me ensina a falar...

Me ensina a sentir...
Me ensina a pensar...
Me ensina a sonhar...
Me ensinar a voar...
Me ensinar a não saber como
nunca te esquecer!