sábado, 8 de setembro de 2012

ÉTICA NÃO É COSMÉTICA!

Ética não é coisa de fachada, que se passa de leve só para ficar mostrando da boca para fora, sem uma prática decente e verdadeira. De novo, volto o tema da sinceridade, com explicação adicional para o sentido correto dessa palavra tão importante. No Mundo Romano da Antiguidade se herdou do teatro grego a ideia de homens representando todos os papéis, só que, em vez de construírem máscaras de argila, eles pegavam cera de abelha, misturavam com vários pigmentos vegetais e faziam uma pasta, que era passada no rosto. É por isso que pessoa sincera, "sine cera", ou seja, sem cera, é uma pessoa sem máscara, que não tem duas caras, fingida; é aquela que não fala uma coisa e pensa outra, é aquela que não diz uma coisa e age de outro modo.

FELICIDADE COM VIRTUDE

                                     
A busca do bem, o cultivo da virutde e o serviço à comunidade foram os primeiros passos do pensar sobre a ética. Segundo o filósofo grego Aristóteles, o objetivo maior que desejamos é sempre uma vida boa e feliz. Esta felicidade não é encontrada nas riquezas e honrarias, mas na busca do bem perfeito. Porém, para que a felicidade dure é necessário cultivá-la nas virtudes, num domínio das paixões e numa relação equilibrada e amável com a natureza e com as pessoas na sociedade. Na óptica aristotélica, as virtudes podem ser intelectuais ou de caráter. A principal virtude intelectual é a prudência. O que alimenta as virtudes de caráter é a ética.