quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O momento

Era uma vez algo...
Algo que passou
Mas um dia então ficou
No espelho pude ver

Algo que realmente não pensei
No espelho de minha alma
Um olhar de brilho cadente
Pueril como criança
Não posso dizer que é de anil
Pois isto não posso dizer!

Pois no fundo castanhos dos olhos
Um mar de desejo se escondia.
Palavras tornaram-se vias
Que me conduziam para você!

O grande encontro

Um belo dia conheci
Num dia qualquer e sem razão
Quem um dia conheceu
Discípulo de Augusto
Que era nem um pouco robusto
Ou talvez foi dos Anjos
Com sua candura romântica
A mão era de Alceu
Mas só quem notou fui eu...
Creio que foi em Valença
Quando li o tal Cordel
Que meu olhar então "liriou"
E o Fogo se "encandeceu"
E foi aí que proseei
Com tal figura e não errei
Mas meu olhar se dissipou
E o vento afugentou
Então uma lágrima desceu!

PS. Esse poema foi um "filho" composto por Juliana Pinheiro e Ícaro Emanoel via msn.

sábado, 13 de setembro de 2008

HOMENS OU LIXO

A complexibilidade dos atos moribundos
Fazem com que os homens se
Tornem seres imundos
Com os seus profundos sentimentos nostálgicos
Muitas vezes trágicos
Muitas vezes sem rumos...

Homens de dignidades infindas
De natureza tão obscura
Como as brumas das suas vidas...
De repente se vêm como donos uns dos outros...
Outras vezes nem deles mesmos.

Imundice humana traduz
Um sentimento muito complexo
De ser analisado sem uma visão de humanismo,
Pois depende de qual ser humano imundo
Que se está analisando.

A partir do seu nascimento
O homem chora por saber que vai
Sofrer na sua passagem por esse mundo,
De tanta imundice sentimental.

Grita querendo voltar ao leito materno
Pois sabe ele que lá estava protegido
Da Imundice que levará ao seu
Desaparecimento terrestre,
Sem deixar nada para posteridade.

Homem do lixo...
O lixo do Homem...

DEVANEIOS NOTURNOS

As luzes na cidade já se apagaram...
Volto de uma noite que parece não ter fim.
Estou meio tonto por causa da tequila,
Porém me sinto feliz!

Você foi uma droga que apareceu em minha vida...
Busco sempre tentar te esquecer...
Mas algum detalhe que percebo ao meu redor,
Lembra momentos que passei junto com você.

Brinco com as estrelas pensando
Que sou um deus,
Porém quando percebo
Sou apenas um ponto na eternidade.

Passo por perto de um cabaret,
E tento entender qual a felicidade que se
Encontrar na união carnal de dois corpos.

Varro a pracinha dos namorados,
Com minhas moscas de mente,
As quais se confundem com os
Mistérios naturais.

Chego em casa e tento durmir um pouco,
Contudo o que consigo é apenas pensar mais
No dia que vem pela frente e no turbilhão mental
Que entrará mais uma vez em mim.

Morrer ou viver

Fui, vi e venci...
Venci meus medos, minhas angústias
MInhas paixões, meus vícios
Porém não consegui vencer
O maior de todos os medos
O medo de morrer!

Morrer é uma graça
Não é uma desgraça
Como vários mouros acreditam
E sim uma dádiva
Como os poetas recitam

Vi muitos morrerem sem morrer
Se matarem e viver
E crescer morrendo
Fui ficando e crescendo
Sem medo de morrer...

Sei que morto estou vivo
E que vivo estou morto
Por mais que me esforce
Para viver,
Vivo pensando que vou morrer!

Som do desespero

O riff do vômito
Acelera a carne podre que pensa...
Dilacera as veias que forçam
A explosão da melacolia do corpo langüido estridente.
O qual geme da primeira a décima oitava nota de desespero
No sabor de sua mente clarividente!

Escrito

Canetas escrevem...
Pássaros assobiam...
Homens nascem...
Pessoas respiram...

Respiração escreve nascer...
Escrever nascimento do assobio
Nascer assobio do viver...
Viver pássaros dos homens...
Pessoas do desaparecer.

Homem-vivo

A transmutação de uma borboleta
É evento único e inesquecível
A busca do amor é verdadeira...
É fato difícil de inexistir...

Te encontrar foi uma vez...
E te perder será o não existir de uma vida.
Então estou no viver....
Perdido no existir..
Afinal sou vivo ou existo sem viver?

Armado com meus pensamentos translúcidos
Sou um ponto no nada
Voando no tudo.
Sou a borboleta translucidada
A vida esquadrada
Vagando no mundo.

DESABAFO

Me ensina a falar...

Me ensina a sentir...
Me ensina a pensar...
Me ensina a sonhar...
Me ensinar a voar...
Me ensinar a não saber como
nunca te esquecer!