terça-feira, 28 de outubro de 2008

O grito da musa

Musa dos cabelos vermelhos
Que encanta os anjos com sua voz
Que faz o ser mais aldoz
Rastejar aos seus pés
Ao escutar sua lança melódica
Perfurando seus ouvidos
Arrancando gritos
Dos interiores brutos...
Seres astutos...
Porém surdos!
Só sabem escutar o de fora
e o de dentro não sabem amar!

A espera

Não lhe procuro
Mas você também não me acha...
Não lhe invoco
Mas meus sonhos são por você...
Não lhe imploro
Pois sei que no tardar da noite
Tu vais aparecer
Límpida, clara
Como uma nascente
Brotando da terra...
Então apareça
Quando puder
Vou estar sempre a lhe esperar...
Pois o seu lugar
Já é aqui ao lado meu!!

PS. Poema da parceira de "loucuras poéticas", Juliana Pinheiro.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

4 ASAS.... 2 DESTINOS


Meu pequeno poeta
De canditos nordestinos
Com alma pequenina
Certa feita me olhou
Tal admiração nunca senti
Que por um tal de um "triz"
Um sentimento deslanchou...

Tal poeta quase homem
Vestiu suas asas de Ícaro
E resolvel então voar
Deparou-se com uma borboleta
Com suas cores violetas
Mas seu vôo não vingou

Borboleta estava triste
resolveu então ajudar
Abriu então suas asas
Com um ar cheio de graça
Sua borboleta protegeu

Ms o mundo então mundano
Recomeçou a girar
A borboleta se perdeu
No escuro do céu e na imensidão

O Ícaro então resolveu
não mais ir no sol para brincar
Resolveu ficar na terra
E brincar com outras flores mais belas
e outra borboleta então achar...

PS. Poema da parceira de "loucuras poéticas", Juliana Pinheiro.

domingo, 19 de outubro de 2008

É INFERNO MESMO!

As nuvens são brancas
Porque nelas não alcançam
Os respingos do sangue aqui derramado.
São surdas, pois os gritos daqui
Produzidos são mudos quando estão lá...

A vida daqui é a vida de lá
Só que trabalhada por mãos fétidas...
Morrer aqui é tentar viver lá.
A desgraça é tida como virtude consumida com desejo!
É vivida por abutres humanos que,
Regurgitam os restos de seus predecessores podres...

Querer sair daqui, é tentar manipular o mal,
Para querer sê-lo!
É tentar ser o que é
Parecendo o que não existe!

Vou parando de escrever, porque não
Tenho mais mãos para escrever...
Meus pensamentos foram implodidos.
Minha alma foi apagada.
Sou um resto do nada...

Borboleta


Me confundo com o azul do céu...
Sou figura de conto de fadas...
Sou mulher muito amada,
Que voa por aí rasgando o seu véu...

Me transmuto no seu meio,
Acalentando-me no seu seio,
Buscando qual meu fim...
A minha crisálida é momento mágico,
Muitas vezes trágico quando no seu jardim.

As flores são minha casa,
Que escolhi para te amar...
Mas, descobri que não me amava,
Triste e mal amada, voei a chorar.


PS. Poema dedicado a uma amiga: Juliana Pinheiro.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O vegetal

Mergulhado na borracheira
Sou ave aduaneira
Rasgando o seu Sol!
Sou espelho de água cristalina
Descendo pela colina,
Lavando o seu lençol.

Sou a porta aberta, dentro de mim...
Que viaja entre o sim e o não.
Sou a essência doce do jasmim
Que perfuma seu jardim
Na hora da oração.