sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Decameronóico

Das letras mortas que se mumificaram
nas mãos apócrifas do tempo
Fingindo nunca ter vindo, mas
indo fugindo do tempo...
Com o sol queimando calado,
circunscrito num lugar aonde não pode calar,
nem falar
Tampouco esquecer morrendo
nas suas vida de sombras
com obras de luzes.
Sou um mundo invisível, mas
visível para que sabe ver.
Estou em todo lugar...no horror...na flor...na dor...
Já nasci feito!
Não sou moldável...
Escreve-se para viver!
É questão de sobrevivência...
No princípio eram as pedras que se faziam
de ratoeiras de vida alheias...
Hoje não se sabe, se pedra ou vida se prendem.
Por uma porta interna, viajo, viajo, viajo...
Cabem aos insensatos desejos e pensamentos
me permutarem, transfixando os caminhos
Uns contra os outros,
escolhendo entre o pacifismo mudo
Ou a guerra cega
que decepa os murmúrios da vida morta, sofrida,
Assassina da tirania insuflada de amor.
Os reis e os filósofos defecam
e as senhoras também...

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