O amor ferido exige, no tribunal das paixões,
a réplica do ódio ostentando sua verve, espada vingativa que
antes dilata as cicatrizes que se queria fechadas.
O raciocínio de mãos dada com a lógica, perde-se
nos labirintos indecifráveis dos sentimentos magoados,
traídos, roubados, apunhalados.
Por mais que se converse à procura de causas e de
explicação, calor do fato
inflama a objetividade e o ruído das palavras desconexas,
abudantes, espalha-a aos ares
como cinzas de uma fogueira que cega os olhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário