E num abraço ofegante,
daqueles que estamos querendo tirar as roupas,
fui inquirido pela inspiração:
-"Você é carinhoso?"
E minha resposta veio assim:
Sou mais épico que os árcades...
Sou mais devasso que os românticos...
Sou mais surreal que os contemporâneos...
Esse eu sou!
Rabiscos di...versos, não é fruto de uma imaginação utópica. É um espaço que retrata clara, lúcida e altamente realista as fases de um poeta contemporâneo. Em Rabiscos di...versos, vamos encontrar suas alegrias e suas tristezas, espelhadas nos seus sorrisos e nas suas lágrimas que teimosamente voltam, às vezes, com a mesma tristeza que possui o rio que morre sem beijar o mar.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Loucura Lunar
Inspiras os poetas românticos...
Faz seus corações suspirarem seus cânticos...
Aumenta o metabolismo da violência...
O cataclisma da loucura...
O fim como o suicídio...
Será que a idéia da loucura lunar
Nada mais é do que
Uma antiga ilusão popular?
Faz seus corações suspirarem seus cânticos...
Aumenta o metabolismo da violência...
O cataclisma da loucura...
O fim como o suicídio...
Será que a idéia da loucura lunar
Nada mais é do que
Uma antiga ilusão popular?
O ser Cabal
Vivo entre aparentes contradições,
Entre tentar reconciliar
Um Deus incognoscível e
Um Deus que se dá a conhecer...
Entre um Deus que é bom e criador de todas as coisas e
Um mundo - a sua criação -
Tão obviamente finito e
Pronto a se condenar...
Entre tentar reconciliar
Um Deus incognoscível e
Um Deus que se dá a conhecer...
Entre um Deus que é bom e criador de todas as coisas e
Um mundo - a sua criação -
Tão obviamente finito e
Pronto a se condenar...
domingo, 28 de junho de 2009
Pequeno desabafo
E agora que penso que meu amor é teu denovo,
você me esnoba!
Como o vento que carrega as areias das dunas...
Como a lua que namora o mar, mesmo sem amar...
você me esnoba!
Como o vento que carrega as areias das dunas...
Como a lua que namora o mar, mesmo sem amar...
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Era uma vez São João....
(In)felicidade e alegrias
Os quatro cantos contagiam
Os foliões do São João.
Recordo daqueles festejos juninos
Onde os Vicentes e os Celestinos
Eram tidos como meninos
Dentro daquele quinhão.
Hoje perdeu-se a graça
De sentar-se as praças
E comemorar o verdadeiro São João.
Tudo hoje gira na "saia rodada",
Nas "mulheres peladas" e de quem
Vende mais CDs...
Oh meu Deus, como é triste presenciar
Um criança pobre chorar à suplicar
Para que seu pai lhe dê
Um saquinho de fogos de artifício,
Ao perceber que outro está tão feliz
E ele naquele suplício...
O São João era São João...
São João de hoje é indústria,
E não mais tradição.
Os quatro cantos contagiam
Os foliões do São João.
Recordo daqueles festejos juninos
Onde os Vicentes e os Celestinos
Eram tidos como meninos
Dentro daquele quinhão.
Hoje perdeu-se a graça
De sentar-se as praças
E comemorar o verdadeiro São João.
Tudo hoje gira na "saia rodada",
Nas "mulheres peladas" e de quem
Vende mais CDs...
Oh meu Deus, como é triste presenciar
Um criança pobre chorar à suplicar
Para que seu pai lhe dê
Um saquinho de fogos de artifício,
Ao perceber que outro está tão feliz
E ele naquele suplício...
O São João era São João...
São João de hoje é indústria,
E não mais tradição.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Mutação interrompida
Se for só fogo, que deixe queimar até virar brasas....
Se for só vento, que deixe derrubar todas as casas....
Se estiver amarelo, deixe apertar até ficar vermelho...
Mas se estiver azul, deixe transformar em preto.
Mutações de invernia no verão
São todas inundadas de emoção
Da cabeça ao pé,
Do Dó ao Ré,
Da melodia da mutação.
O velho dita ao novo,
O que o novo tem de velho...
Mas nesse compasso tão translúcido,
Surge o que não quero!
Se for só vento, que deixe derrubar todas as casas....
Se estiver amarelo, deixe apertar até ficar vermelho...
Mas se estiver azul, deixe transformar em preto.
Mutações de invernia no verão
São todas inundadas de emoção
Da cabeça ao pé,
Do Dó ao Ré,
Da melodia da mutação.
O velho dita ao novo,
O que o novo tem de velho...
Mas nesse compasso tão translúcido,
Surge o que não quero!
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